sábado, 22 de fevereiro de 2014

Por falar...



Dragões em guerra parecem dançar, mas e o ar que me falta... Ah, o ar de ser ás, ai de mim, ser assim, como a água e não apenas o ar. De onde vem tal tempestade que varre a terra anunciando a destruição, que em cada gota marca a pele... E marco o passo contando por vezes cada linha ou curva que piso na caminhada rumo ao nada.
Tantas noites em claro com o cobertor de escudo, tantos monstros em minha direção caminhando sobre cadeiras e espelhos, tantas quedas... Quantas quedas são necessárias?
Avante? Por onde ando ou por onde seguirei?
Desbravar novos horizontes pra ir além da chuva que ainda dói na alma, pois sinto os furos na pele, ainda arde o calor da lança em chamas que me atravessa o peito, bem onde deixei minha armadura cair. Arde a fúria de bárbaro que perde a batalha, mas ainda vejo os dragões dançando nos céus, enquanto desenho círculos no chão...
E por falar em chão, quem roubou o meu quando concentrei-me em respirar?