sábado, 23 de junho de 2012

Gélido



No frio a sensação de vazio aguça
Do rio a corrente água a refletir tua imagem
Calma, a alma transpira a incerteza viva
Nas veias lentamente o sangue pulsa

Amarguras temporais mostra a sombra
Assombro que um dia foste a dor
A sede por sangue, o sangue rubro
Dormiste tal anjo furtacor

Das belezas que tendes neste mundo
A mizéria assola este lugar
Acordai deste sono tão profundo
E livrai toda vida do penar

Vagamente escuridão que vira azul
És o céu, a mata, o fogo e o ar
Tortas formas do monstro moribundo
Vento frio que retorna para o sul

Segue ao norte sem fronteiras
Pois da morte escapou algumas vezes
Ora forte para mais um dia por vir
Agradece o passado sem besteira...

E que assim seja (ou não).

domingo, 17 de junho de 2012

Ar, e há de negar.



Sabe, queria caminhar em seus pensamentos com a frequência que o seu sorriso se tornou parte do meu dia, da mesma forma que lembrar seus cachinhos me faz sorrir e só de lembrar o quanto seus olhos brilham já é o bastante para ganhar o dia. É chato isso de não te ver por dias seguidos, é ruim nunca saber quando será a próxima vez que te encontro, é algo que não aceito, mas nada posso fazer.
A cada distante encontro se torna cada vez mais importante, a cada palavra que falo sério, você sorri e vem com alguma piada como se o que falei fosse um absurdo imensurável. Fico sem saber o que virá na próxima linha, assim como não sei se algum dia será como imagino o "nós", talvez esperar-te seja o que posso fazer no momento, mesmo sabendo que não é a mim que esperas, mesmo sabendo que não sou o melhor para você...
Ar, e há de negar o quão real é o que digo sentir, pois pra ti é apenas mais uma das minhas brincadeiras, mas verás que não há de ser mentira se permitir que me deixe entrar, se abrir uma porta do seu mundo para que eu faça parte dele como um dia imaginei. E como será de agora em diante que nem mesmo eu sei o motivo de escrever isso aqui para que você nem imagine que o texto é seu?