domingo, 24 de julho de 2011

Um dia pra sonhar


Teus segredos mais comuns
Te trouxeram à solidão
Foi por medo de sorrir
Que afastei meu coração
Tive medo de sofrer
De chorar por ti perder
Entre o céu e estrelas
Brilha algo maior que os sonhos

Vem me buscar que eu te espero
Vem me livrar desse inferno,do teu amor
E assim vou ficar sem temelo outra vez
Um dia pra sonhar
Lembranças de uma história sem fim

Descobrir que um sonho não tem fim
Resista,lute e corra antes de sorrir
Onde estão seus amigos?
Acho que é o fim
Viverei a morte antes de partir

Beija-flor voou ao céu ao imaginar
Outra forma de trazer você pra mim
E nunca mais chorar e nunca mais
Sonhar em vão
Com medo de acordar e não
Não olhar pra traz e ver
Que um amor não se desfaiz
Cansei de sofrer
Não da mais pra viver
Sem amor,sem você
Traz de volta...

Vem me buscar que eu te espero
Vem me livrar desse inferno,do teu amor
Vem me buscar
Vem me livrar
Viver e existir
Lembrar e ser feliz
Um dia pra sonhar
Lembrar e ser feliz


- Display

terça-feira, 19 de julho de 2011

De Creta a Ícaria


Voa, bate asas pequena ave, encontra os céus e canta tua liberdade levando o belo som que produz ao além e mais distante, plana ao longe mirando o que está perto, abre o peito ao destino. Analisa a vida aqui em baixo, enxerga os pequenos pontos em movimento bailando a dança dos dias que se repetem, que prende cada ser que vive numa rotina circular e ironiza de quem considera louco.
Sóbrios loucos os que buscam liberdade, libertos de algemas visionárias impostas por uma sociedade que impõe limites para quem quer ver além, para quem pinta o rosto, para quem grita nas ruas, para quem faz arte... Ah, a arte... Tão singular, mas tão infindável, tão bela e variada, tão sem limite e cheia de expressão que mostra que não existe o feio ou o belo e tudo é apenas questão de ângulos.
Cada qual é dono da corrente que lhe aprisiona em ser ou não ser, em existir ou persistir, caminhar... Correr...
Voa, bate asas pequena ave, encontra o rumo que pretende seguir, sem se importar com os dias que se foram, com as regras que virão, liberta-te de roupas, poucas e ergue o teu futuro além de pobres prédios, cultivando o verde que os loucos ainda amam sem temer o branco, vazio branco que está dentro de cidades cinza.
Matizes enebriam a retina em formas livre, o coração embala o voo suave que parece não ter fim, mas afinal, quem é o dono da verdade?

Liberta-te

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Racíproca


Vários meios de mandar mensagens, informações, pensamentos e sentimentos; formas humanas que atraem a visão, sendo a fonte uniforme ou sempre fora de um padrão. Analítica incomum que exime padrões sociais, mas julgam de forma feroz a aparência e a forma de pensar de cada um, transformando sábios em louco e padronizados em elites sociais e dignas de aceitação, mera ilusão que transcende a óptica e infla o ego mostrando que um silicone vale mais que um livro, ou que um passado inteiro possa ser destruído por "obras para o futuro".
Salve os nossos antepassados, que vivam eternamente em harmonia, que sempre nos mostre a bravura, pois em tempos de guerra não se pode apoiar as raposas. O sol nasce sempre em todos os horizontes, mas em tempos escuros as nuvens o cobrem e trazem certa frieza, mas ele ainda está lá... E pulsa vibrante e intenso e é o que precisamos acreditar, é o que temos de seguir; adiante, sem fraquejar, lutar pelo ideal, levar além e mostrar que ainda existe força na voz.
Fortunas sendo feitas em torno da morte de culturas, da repressão, do medo, da ignorância e pra que? Na verdade a questão é... Por que?
Somos todos iguais, no fim todos iremos ao mesmo lugar, temos de nos unir, gritar mais alto, provar que essa é a nossa vez, fazer com que quem não está a favor do uno está enganado em achar que é um ser isolado e superior por ter mais papéis numa conta bancária...
Enfim seremos livres e feliz, dançaremos a dança da chuva e celebraremos ao redor de uma fogueira ou num simples ato de abraçar uma árvore. A mãe terra agradece e com ela tudo é baseado na recíproca.


Pense.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

“ALEGRIA COMPARTILHADA” RELEASE 2011 POR ALEXANDRE MATIAS


O que há num nome? “Forfun”, à primeira vista, parece adolescente e efêmero, “para diversão”, uma tagline redundante para rotular uma banda carioca que passeava pelas praias do hardcore californiano. O termo também poderia ser entendido quase como uma paródia de bandas que fazem sucesso graças à web, um nome genérico em inglês que poderia ter sido inventado pelo South Park ou pelo Alan Sieber, com ironia escorrendo pelos cantos da boca. Olhado à distância, o Forfun parece ser só isso. Mas todo átomo esconde um universo.

E todo universo vive em expansão. Há uma transformação constante que vem acontecendo na carreira da banda que não é só fruto de uma única mudança, a brusca guinada que foi o segundo disco -, Polisenso, que já tinha sido um salto desde os tempos em que ser descoberta e produzida pelo produtor Liminha era um dos grandes diferenciais da banda dentro de uma nova cena que apareceu no início dos anos 00, os emos. Foi a partir de Polisenso que o grupo passou a mexer-se para longe da pura diversão que parecia ser seu lema desde o início. “Éramos moleques com 18 anos cantando as aventuras adolescentes, cotidiano praiano e outros temas hoje superficiais, mas que na época eram extremamente sinceros”, lembra Vítor Isensee, guitarrista e tecladista da banda, lembrando da época em que lançaram seu primeiro disco, Teoria Dinâmica Gastativa, em 2004.

“Com o tempo, fomos abrindo a porta para outras influências e no segundo disco começamos a misturar quatro estilos – reggae, funk, rock e rap -, enquanto as letras abordavam um lado mais espiritual”, continua o guitarrista e vocalista Danilo Cutrim. “O primeiro disco tinha muito punk rock, mas no segundo começamos a misturar mais coisas diferentes”, completa o baixista e também vocalista Rodrigo Costa. O timbre vocal dos três instrumentistas, muito parecidos, talvez seja a principal assinatura musical do grupo.

Polisenso foi uma guinada radical para a sonoridade e estética do grupo. Para o terceiro disco, o desafio seria levar essa evolução para outro patamar. Mas em vez de partir para a esquizofrenia sonora de vez, resolveram lapidá-la. E para isso chamaram um dos nomes mais importantes na atual produção brasileira, o paulistano Daniel Ganjaman. Integrante do coletivo Instituto, ele é o responsável por ter lançado as carreiras dos rappers Sabotage e Criolo para um público maior, além de ter produzido trabalhos de nomes tão diferentes como Mano Brown, Forgotten Boys, Curumin e tocado ao lado do Planet Hemp e na banda de Otto. E, como se não bastasse, é um tecladista e vocalista de primeira. Com trânsito em todas as alas da atual música pop nacional, Ganjaman era o nome ideal para expandir ainda mais o horizonte da banda, mas sem que ela se perdesse em divagações vazias ou maluquices sem rumo.

Mas mesmo com a presença inconfundível de Ganjaman, o novo trabalho só poderia ser da banda carioca – e é mais que uma continuação de Polisenso, mas uma depuração. Alegria Compartilhada, portanto, abre com a faixa que o batiza e que já começa a misturar as referências básicas do grupo, novidade no disco anterior, umas com as outras – num reggae metal com arranjo com toques de soul. “Quem Vai, Vai” segue pela mesma trilha e começa a realçar as referências brasileiras com o riff de samba rock e o naipe de metais ainda na introdução. As duas primeiras faixas explicitam os pilares que seguram o álbum – um reggae pesado e a música brasileira, ambos envoltos por arranjos com timbres de black music e texturas eletrônicas. “A Garça” reúne essas duas colunas centrais ao descrever um Rio de Janeiro sem juízo de valores, usando os olhos do pássaro para apenas registrar o comportamento humano.



A partir de “Cosmic Jesus” essas referências começam a se misturar cada vez mais, e não apenas em uma música ou outra, mas também dentro da mesma música. As letras também perdem o aspecto contemplativo e espiritual e partem para uma psicodelia de ficção científica parente das letras de Chico Science, que usa termos científicos ou técnicos para descrever paisagens naturais: “O reino vegetal já coloria a ciclovia / Inspirando e exalando a pulsação da massa / E lúcido diante da rica topografia / Sentiu a teia viva entrelaçada pela graça”, canta a letra antes do rapper Black Alien entrar e expandir ainda mais os limites do disco.

“Descendo o Rio” baixa a bola e põe os pés no chão numa balada que faz a ponte entre Lulu Santos e Skank, mas “Tropicália Digital” retoma a expansão de “Cosmic Jesus” enfileirando rótulos de um novo tropocalismo, que entra de chinelos no século XXI. “Cada um com seu cada um, cada macaco no seu galho / Unidade coletiva, ”way of life” solidário / Mutatis Mutandis, rapaziada tá voando / Depois da chuveirada fico aqui elocubrando / Sobre a vida, sobre a morte, sobre a conta no vermelho / As profundezas do espaço, e quem enxergo no espelho / Metáfora nenhuma explicará”, canta Vitor numa letra que ainda cita tsunami, Wikileaks, Rivotril, rolimã, arquipélagos e o olho de Thundera sobre uma base que é descendente direta do disco “BloodSugarSexMagik”, do Red Hot Chili Peppers e sampleia tanto “Alalaô” quanto o engraxate doidão que foi hit no YouTube ao responder, após perguntado sobre drogas, que “quem gosta, gosta, quem não gosta, curte”.

“Dissolver e Recompor” traz de novo o disco para a superfície do planeta, num reggae que interliga tarefas domésticas com o sentido da vida. “Largo dos Leões” é um achado – um reggae tradicional com forte influência do dub e do samba que celebra a cultura dos blocos de carnaval no Rio de Janeiro, citando-os um a um, numa música que pode entrar no imaginário carioca justamente por trazer a lembrança dessa época para o resto do ano. “Minha Jóia” segue pela Jamaica numa bela balada de amor.




“Passados 10 anos de banda e com todos os quatro se aproximando dos 30 anos, acredito que esse disco apresenta a leveza de quem não se preocupa com a ruptura de conceitos pré estabelecidos, como se propunha intuitivamente nosso trabalho anterior. Mas, ao mesmo tempo, também apresenta com naturalidade a maturidade de quatro adultos que têm mais clareza daquilo que são e daquilo que buscam ser”, emenda o baterista Nicolas Christ.

“Essa leveza observa-se tanto nas letras, que flertam com a beleza das pequenas coisas do cotidiano, como a vida de uma garça ou como uma faxina na casa que reflete uma faxina na vida, quanto no ritmo, melodia e harmonia. O disco é bastante dançante com influências que variam de Jorge Ben a Sade. Vale ressaltar que é um disco com maiores pitadas de brasilidade”, continua o baterista, o único dos quatro a encarar a câmera, na foto do grupo no encarte do disco, que é ilustrado, assim como a capa, pela artista plástica Nelma Guimarães, cuja psicodelia naïf se encaixa feito uma luva na sonoridade do grupo – colorido e tribal, caleidoscópico e roots. Adjetivos que se encaixam também em uma das faixas centrais do disco, a transcendente “A Morada”, que equilibra os lados espiritual e rotineiro da banda em uma bucólica balada de rock progressivo.

O clima volta a ficar para cima quase no fim do disco. “Quando a Alma Transborda” volta à tropicália digital do Jesus Cósmico em um andamento quebrado de uma faixa que funde timbres e remonta aos clássicos do funk metal do início dos anos 90 – Faith No More é uma referência instantânea, mas com o filtro bem abrasileirado. A música cita nomes que delimitam intelectualmente o grupo: Yuri Gagarin, Chico Science, Tom Jobim, Santos Dumont, Lévi-Strauss, Maradona, Mandela, Neruda, Milton Santos. “Pra Sempre” encerra Alegria Compartilhada em tom de oração – mas uma oração forfun, que mistura psicodelia e espiritualidade na medida em que a pulsação da música cresce.




Alegria Compartilhada, como o disco anterior, foi liberado para download antes que o CD sequer tivesse chegado da fábrica. A inestimável presença online do grupo garantiu que mais de 100 mil pessoas conseguissem tirar o site da banda do ar, no final de abril, e a apreensão dos fãs em relação ao disco fez que o nome do álbum se tornasse trending topic no Twitter nacional por quase quatro dias seguidos. Em menos de um mês, foram 200 mil downloads, uma média que pode superar rapidamente a de vezes que foi baixado o disco anterior, 800 mil em dois anos e meio. E a reação dos fãs em relação ao disco foi instantânea, como se o grupo tivesse mesmo fisgado um nervo do zeitgeist mundial que passa pelo Brasil, com um ponto central no Rio de Janeiro.

É nessa onda de energia que o Forfun hoje surfa. Com fãs empolgados o suficiente para dar-lhes o aval para mostrar o rumo, os quatro cariocas abandonam a diversão pura e simples, rápida e passageira para incluí-la dentro de uma sensação que harmoniza paz e, claro, alegria. E assim o nome do grupo ganha um sentido ainda mais amplo. E duradouro.

Alexandre Matias


FONTE





terça-feira, 12 de julho de 2011

Belo Monte, não. Salve Xingú!

VOCALISTA DA BANDA SCAMBO FAZ PROTESTO EM SHOW E LEVA MOVIMENTO CONTRA A CONSTRUÇÃO DA USINA DE BELO MONTE AO PALCO


Durante o show da banda Scambo ocorrido na noite deste domingo (10) no Bahia Café Hall, o grupo investiu num manifesto organizado na internet e levou pessoas do movimento contra a usina hidrelétrica de Belo Monte a expor sua indignação. O Governo Federal já liberou a construção da obra, prevista para ser implementada em um trecho de 100 quilômetros no Rio Xingu, onde vivem mais de 20 etnias indígenas.

O grito de guerra do movimento na capital baiana levou muitos fãs da banda a aplaudir a atitude. Num ato simbólico, o vocalista Pedro Pondé quebrou um aparelho de televisão para protestar contra a falta de informação e formação do veículo. "Minha função é informar, já que a TV não informa", afirmou ao Bahia 247. O cantor contou que a produção do evento não sabia do rápido protesto até porque o que ele fez, como artista, foi manifestar posição contrária a do governo. E ato político não precisa de autorização.

Durante a intervenção, os membros da banda começavam a tocar 'Carcará'. A música encaixou perfeitamente com o protesto contra Belo Monte: "A voz da minha gente se levantou/ e a minha voz junto com a dela/ tenho certeza que os donos da terra/ ficariam muito mais contente/ se não ouvisse a minha voz/ a minha voz não pode muito/ mas GRITARR../ e eu bem gritei... eu bem gritei.. bem gritei / 'é um tempo de guerra, é um tempo sem sol...'".

E gritou: Belo Monte, não! "Para provar que baiano não é burro, não é acomodado e não é preguiçoso, aqui temos o movimento contra Belo Monte também".

Prejuízos

Movimentos sociais, lideranças indígenas e Ministério Público são contrários à usina por considerar que ela vai levar sérios danos à comunidade e natureza local. Os impactos socioambientais não estão suficientemente dimensionados e os índios da região reclamam que não foram consultados. Pessoas contrárias afirmam se tratar de um desastre anunciado.

Basta lembrar a Usina Hidrelétrica de Balbina (AM), idealizada na ditadura militar e inaugurada em 1989. Na época, ela custou US$ 1 bilhão e inundou 2,6 mil quilômetros quadrados de florestas nativas, criando um dos maiores lagos artificiais do mundo. Como consequencia, aproximadamente um terço do total da população indígena Waimiri-Atroari teve que ser transferida para outras partes da Reserva Indígena. As águas do imenso lago estavam produzindo apenas de 120 MW a 130 MW de energia. Este ano, a última comporta foi fechada. As comportas são abertas quando aumenta o regime de chuva na região, como aconteceu no mês de maio.

E Belo Monte não passou despercebida pela estupidez humana. A Bacia Hidrográfica do Rio Xingu corre o risco iminente de se tornar um depósito de megavates caro – social e ambientalmente insustentável. Ela está projetada para se tornar a segunda maior do país, atrás apenas da binacional Itaipu, mas, como nem tudo são flores, a verdade é outra. A Eletronorte, empresa que vai operar usina hidrelétrica de Belo Monte, vende seu peixe afirmando que a usina funcionará com 11.182 MW de potência. No entanto, é sempre importante ressaltar, só vai operar com esta potência durante três meses do ano. Nos demais meses, a água disponível vai possibilitar energia firme de 4.670 MW, com capacidade de pouco mais de 40%. Isso torna essa energia caríssima para viabilizar o investimento total.

O Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) faz denúncias de violação dos direitos humanos, afirmando que haverá impactos para a saúde, meio ambiente, cultura e o possível deslocamento de comunidades indígenas. Em junho deste ano, o movimento enviou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) uma petição na qual lista as supostas ilegalidades cometidas no processo.

FONTE

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Um sonho


Disseram que era impossível a gente voar.
Criei uma asa, pulei sem pensar.
Dei volta no mundo, foi fácil demais...

Depois duvidaram que a gente encontrasse resposta pra todas as coisas
Fizeram apostas, e ainda não fomos por lá!

Enfrentei gigantes guerreiros!
Dragões verdadeiros!
Apaguei incêndios que nem bombeiro pode acreditar!

Só precisei de um dia
Pra destruir com todas as armas que os homens erraram em um dia criar
Miséria, e guerra e fome entraram para a história
A vida na terra atingiu essa glória
O sonho de paz é real...

E única coisa possível no mundo é viver, sem nem um segundo pensar em você
Porque eu te amo pra sempre!
Eu te amo pra sempre!!


- Dibob

http://www.youtube.com/watch?v=-sSBXadPoco&feature=player_embedded

terça-feira, 5 de julho de 2011

Nem leia isso!


Surgiu uma imensurável vontade de escrever, desejo voraz, ensandecido e sem rumo, criar várias linhas com palavras que no fim formarão algo a se compreender... Sem um tema fixo, sem uma descrição ou título que tenha sentido. É incrível como as palavras vão surgindo na mente, criando formas e a visão se amplifica para que a mente trabalhe de uma forma extraordinária e perspicaz.
Assim como redações são escritas, as vidas são vividas, desenhadas, delineadas e assim vão tomando forma, sem correção, mas ainda assim continua até que a morte o finalize... Engraçado falar da vida como se fosse um texto, um desenho, uma "coisa", tal "coisa" que torna o ser tão grande, evolutivo e dotado da vontade de saber (isso não cabe a todos, admito).
Linha do horizonte "separa" os céus do mar, cria um belo foco e lá bem longe até se avista um barco seguindo rumo ao desconhecido que é bem parecido com a próxima palavra ou o próximo passo antes de o fazer. O futuro, é assim que chamam... É com isso que esquecem do passado, não vivem o presente e esperam ansiosos pelo que virá sem saber que o que há de vir só depende do que se foi e do que se escreve nesse exato ponto.
Consideráveis finais em que se encerram os textos, os traços, os amores, as vidas e os fins... Pois bem, no final sorrisos e aplausos devem superar as lágrimas, amparar com ombro amigo certas mágoas e algumas rimas por vezes são necessárias...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A cada sol


Se a cada sol que duvidar de mim, eu ainda puder permanecer ao seu lado tentando provar que é real... Sim, eu aceito, me dói, muito por sinal, mas ainda assim eu aceito, só para poder te ver sorrir, te ouvir, ver seus cachinhos, seus olhos e enfim sentir o seu abraço acompanhado de doces beijos. É engraçado que sempre duvida, mas eu ainda permaneço aqui, pronto para a próxima e a próxima e...
Será que um dia vai se tocar de que é verdade? Será que vai perceber que não é um engano? Ou irá esperar tudo ruir, pra quando não mais tiver uma próxima saída, enxergará que realmente foi real?
Eu só queria respirar bons ventos, andar pelos mais belos jardins de olhos fechados, pois é tudo tão seguro quando seguro as tuas mãos. Já te disse que pode não ser pra sempre, mas que sejam pelo menos cinquenta anos... Pode parecer muito, mas da forma que o tempo passa quando estamos juntos, todo esse tempo seriam meros segundos cheios de boas histórias.
Tardes olhando o mar se tornaram um marco, ouvir um "se comporte" já me faz sorrir a toa e isso sem comentar os melhores abraços. A segurança que sinto por me sentir tão vulnerável, é algo incrivelmente indescritível...
Eu só queria poder dizer que te amo sem o medo de te ouvir me mandar não mais dizer isso...