quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Eu também (os olhos)



Logo ali estava o velho campo que por vezes nos meus dias "sei lá" me vi a observar as pessoas a jogar sentado no mesmo banco da velha praça que tanto me atrai. Várias horas já perdi ali esperando no mínimo um sorriso, várias vezes meus sorrisos espalharam-se por ali, tantos dias as horas voaram... Mas não dessa vez?
O tempo passa... pessoas passam, seus olhos passam, continuam, o bronze o leva... mas eles param e voltam como se o silêncio dissesse tudo. Algumas palavras e parece que ainda são os mesmos dias quando sorri e pede que conte algo, quando duvida do que conto...E lá se foi ver o anjo com a jura de que volta.
É, de fato retorna... os devaneios giram e dançam velozes em minha mente junto a percepção de que muitas coisas não mudam por mais que passem os anos... Por onde estive esses anos? Lembro apenas das horas invisível aqui na praça.
Mais uma vez as horas voaram... vai de volta a teu mundo que não faço parte...
Depois de anos o velho abraço que não existe melhor... Saudade... Eu também...
Obrigado por salvar minha vida hoje.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cidade em chamas



Quando o ponto final tornasse reticente, com certeza as rachaduras doem mais que um largo corte. Em nome da loucura o riso frouxo mostrou sua rebeldia quando a razão tentou lhe tirar o juízo julgando a alegria como sentimento ensandecido e aflorado nos tolos... Tolice acreditar que algum dia a razão mostrasse a face dura da falta de amor, pois se deu a falência múltipla dos sentimentos.
Acelerando em ruas vazias segue o homem que tornou-se dono do próprio destino, vê ao longe tudo desmoronar e encontrasse no mesmo lugar... O tempo para... são só ruínas...
"Começar tudo outra vez..."
Quando um ponto final tornasse reticente, com certeza as rachaduras doem mais que um largo corte. Em uma rua vazia segue o homem deus... Eis que a vida faz sentido? Por que está tão sério?
São cortes e cicatrizes a contar essa história, talvez memórias de dias ruins (ou bons) que passam de forma veloz a frente dos olhos de vidro do senhor do destino, do sonhador machucado... do anjo caído.
Seguindo solitário, o homem só, sente o tempo em si, sente a vida esvair, mas não sente mais o que um homem só pode sentir.