sábado, 21 de abril de 2012

Seleção natural



Eu olho nos olhos antes de matar pra me satisfazer
Me cansei de ser covarde e fingir não saber da onde vem o meu prazer
Como vai? tudo bem? vim aqui pra te consumir
Não se renda demais para o meu gesto gentil, sou um hedonista imbecil
Oh ooh oh ooh
Escolho bem (ao menos tento) o que fazer
Zebra ou leão? o próximo pode ser eu
Como vai? tudo bem? vim aqui pra te consumir
Não me rendo demais para o seu mundo gentil
Assassino a sangue frio
Já ganhei
Já perdi
Ainda estou vivo aqui
Evito matar, luto pra viver
Na seleção natural
Eu não jogo pra perder
As horas passam, as vidas mudam, tudo é cobrado,
Nada se esconde demais (Tic Tac Tic tac)
As horas passam, tudo será cobrado, nada se esconde demais
Como vai? tudo bem? vim aqui pra te consumir
Tento não me render para esse ego febril assassino e sangue frio
Já ganhei
Já perdi
Ainda estou vivo aqui evito matar luto pra viver na seleção natural
Não jogo pra perder
Oh ooh oh ooh
Belo ou cruel
Vida real
Na seleção natural
Ganhei
Perdi
Mas ainda estou vivo aqui
Evito matar, mato pra viver
Na seleção natural
Eu não jogo pra perder
Crescer, crescer.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Gasolina



Ao longe vejo a fumaça, sinto o cheiro de fogo, os gritos, a carne a queimar... Os sentidos tornam-se aguçados quando a noite cai e as trevas tomam conta, é o inferno interior mostrando seus traços ao que vier, são os pensamentos cada vez mais intensificados no que pode ser, a imaginação fluindo de forma monstruosa quanto a forma vutuosa que mal reflete onde penso ser o espelho.
No escuro os medos ganham formas, a ausência de luz faz das sombras um lugar confortável para a minha visão, mas não é tão boa para o centro esquerdo do peito, ele amarga dores, guarda sentimentos que não devem ser explorados, ardem de forma que nenhum animal que tem a alma atravessada e servida num ritual de chamas sentem... E tudo isso acontece em poucos segundos.
O corte ainda não cicatrizou, mas talvez o fogo cauterize toda a dor, apague o gosto amargo que fica no paladar, a falta de uma vida que se foi ou que virá ou o que será? Para quem será? O que há de ser?
Talvez não seja preciso pensar muito, sentir tanto, deixar corroer... Apagar aos poucos nunca foi o forte de quem gosta de viver em extremos e se for pra cair... Joga gasolina e toca fogo pra ver se para.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vai saber...



De todas as verdades a maior foi pra você, diga de que valeu compartilhar o que foi dito sem nunca compreender uma palavra se quer ou ao menos levar em consideração, assim entregando um coração a dor. Detalhes de um dia que persiste em atormentar as lembranças, fugaz terror que emana do pensamento ao retornar ao dia que você foi ao lado de quem não te quer tão bem, foi de encontro ao abismo do que é prazer de um mero momento.
Clausuras foi ter olhos que pudessem enxergar, ter todos os sentidos, mas então distanciar por só temer o que passou, talvez jamais virá a ser como pensei saber que um dia a alegria pudesse bater a porta ao completar nossos sorrisos. Dizer adeus talvez não seja o melhor a se fazer, mas dói menos do que prever o fim que pode vir...
Músicas tocam o coração, textos escritos ao nada, por ter a certeza exata que não saberás que é pra ti, pois nunca haverá uma explicação para o que está escrito aqui. Por ter certeza que não perguntará, por saber que ira devagar e por fim nada mudará e serão apenas os dias atuais em que sorri pra um alguém que nesse momento não lhe escreve...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Bem me quer



De tantas coisas que o ser humano acredita existir tem algumas que só sentindo para entender, sempre tem aquela que dá enfase a vida, transforma e faz acelerar o coração, faz com que as músicas fiquem belas e as cores dancem frente a retina. Dentre as melhores coisas estão os pequenos momentos, tais quais a memória o fazem reviver por vezes continuas a qual quiser lembrar, alguns chamam de história, outros de lembrança, mas no peito de todos o que fica é a saudade...
Outra vez passou o verão e os frutos passam a surgir nas belas árvores vivas que já esperam a queda de suas folhas quando o frio chegar, a caminhada inquietante que se mantêm enquanto os dias valsam e os humanos fingem viver suas vidas triste e sem graça, mas muito bem maquiadas com as felicidades instatâneas de um simples prazer. Que a dor consome o peito e o veneno corre pelas veias de quem se atreve a esquecer as regras e viver sendo considerado louco por simplesmente ser feliz de verdade... E ai voltamos ao início onde se fala de saudade dos dias que se foram, mas que a lembrança o fez ficar no peito e mente.
A primavera exala a beleza das flores e daqui podemos ouvir os pássaros a cantar, bem te vi naquele dia em que os tons de cinza sumiram quando um sorriso se abriu. Bem me quer...
Os campos que existem em meio a cidade terminam em água salgada que trazem a maresia as narinas até mesmo as menos apuradas e trazem o amor de um pescador com a doce sereia de belo canto que agradou aos olhos e ouvidos enquanto a terra parou.