quarta-feira, 31 de maio de 2017

Salvador



Conduzindo a largos passos que alastra o lastro
Solto os pesos que me prendem em busca da ascensão
Do lábaro estrelado a vergonha sobe em mastro
Da lama que os move julguem a Samarco da podridão
Porque em terra de cego o pastor é rei
Não entendo ditados, esse acertei
Porque em terra de cego o pastor é rei
Não entendo ditados, esse acertei
Livrai-nos de profetas da corrupção
Livrai-nos das correntes, alienação
Os aliens perdem naves, salve Salvador
Estacione e me dê lucro, ACM assinou
A barra tá pesada, olho vivo e faro fino
A Barra restaurada, ricos vivos vendem pino

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Reis



Coletam vidas sem ser pares com a morte
Castram direitos mais vitais com os cortes
Extinguem sonhos com palavras de posse
Pois ser não cabe e se inflam no ego
Nó cego em atas que assina o rei cego
Brincam de lego com suas vidas vazias
Batem panelas os que se poem no centro
Calam as bocas com o golpe que a alma esfria
Exaltam Deuses que lhe roubam por dentro
A carne queima e derrama a oferta
O sangue vibra na mudança de era
Soma do ódio subtrai o que espera
Sol monetário e um vulcão que hiberna
E nada muda na cidade do ser
Sertão me arde, mais um alvorecer
Ser tão sagaz quanto Djehuty
Pois o seu ter no fim da chuva ilude

quarta-feira, 17 de maio de 2017

E aí?




Eu tenho sonhos que não cabem mais em mim
Essas coisas, a vida, a família, o saber o ponto de partida
Psicotrópico ativo sentido, o lugar onde vivo
E a ausência que causa o meu fim

Toda saudade incessante é uma merda
No meu som toca um Fela
Já cansei da espera, pois eu sei que é ela
E aí?

Não vou falar que não sei o que sinto
Pois intenso é o grito que crava teu nome em mim
Uma caneca, na gaveta uns livros, perfume, líbido
E os seus sons permanecem aqui

Queria parar de escrever essa letra
Mas o meu racional já não manda e escrevi
Tipo Atlas, sinto o peso do mundo nos ombros
Isso afeta o meu sono, há um tempo não te vejo sorrir

Toda saudade incessante é uma merda
No meu som toca um Fela
Já cansei da espera, pois eu sei que é ela
E aí?
Os meus transtornos não me causam medo
Tuas cores, teus beijos, tentar outro filme ou não?
A noite cai e na mente lembrança, queria esperança
Quem sabe outra dança, mas no fim eu aqui e tu aí...