terça-feira, 29 de junho de 2010

Terceira pessoa


Traçando uma reta rumo ao nada vai desvendando o vazio, a cada passo que é dado para frente foi feita uma escolha entre dois caminhos, existiu uma renuncia, e mesmo após muitos passos firmes, ainda assim permanece a dúvida que te joga para trás. Seguir uma trilha de opções é complicado, porém quanto mais encarar isso, mais pronto estará para os próximos caminhos.
Quanto mais você se empenha e se doa aos seus treinos, mais forte e resistente será em suas batalhas, porém não há ganho sem dor. A vida até mesmo nos piores momentos está te ensinando algo, está sempre lhe doando, assim como a natureza que por mais que o homem a maltrate, ela continua lhe dando flores.
Ondas cósmicas e magnéticas que seguem formando uma (ou mais) dialética, construindo caminhos e crenças, derrubando reinos e profanos profetas que colaboram e admiram o egocentrismo até mesmo em terceira pessoa e apenas te leva a um teorema o qual perdura o valor que não vai te acompanhar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Amor:


Humor.


Poema de Oswald de Andrade.

Até hoje não vi melhor modo de conjulgar esse sentimento, quando dá certo é show de risos e felicidades, mas mesmo quando não dá, depois de algum tempo vira piada; logo entende-se que no final o amor não passa de humor.

sábado, 19 de junho de 2010

Broken dreams


Os passos que sigo não me levam a lugar nenhum, a estrada em que percorro insistente já não é a mesma em que iniciei meu percurso, mas ainda assim eu tento, eu sigo, eu busco, ainda assim eu quero ter certeza de que não fui o primeiro a cair, o tolo a tropeçar nas próprias pernas.
Tão vago, tão tenso e fulgaz atrás de um objetivo longiquo, um homem cheio de sentimento e vazio em solidão, um corredor, um sonhador, um guerreiro, tal que acreditou estar certo e ser verdadeiro para conquistar o que quer, porém toda verdade foi em vão, se desfez aos ouvidos de quem não quis acreditar, se fez em pedaços, se partiu e simplesmente virou algo em vão, tão pagão...
Em meio a ventos e temporais suportados em largas costas, toda a força foi esvaindo-se do corpo, não havia mais preparo mental, o desgaste foi inevitável, mas ainda assim em passos largos sigo em caminhos que não me levarão a nada, logo percebo a hora de parar, retornar e começar com um segundo plano.
Dias melhores espero que venham em frente, sorrisos reais e ouvidos crentes do que ouve, não mais olhos cegos pelo que querem ver e criar falsas ilusões limitando o que é de verdade, apagando as chamas do que passou e não mais suportou viver.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A casa


Passei horas olhando um fino corte prateado em meio a escuridão do céu, não sei porque mas quando a lua está assim me atrai muito mais do que a grande esfera cheia. A observar, percebi o quanto é grande o universo em que vivemos, percebi o quão sozinhos podemos ficar de acordo com certas escolhas. Algumas buscas exigem que deixemos coisas para trás (talvez não tão pra trás), é bom saber em algumas vezes que podemos retornar, é triste saber que pra alcançar um objetivo é preciso abdicar.
Talvez certas opções de tentar um futuro profissional melhor, não seja a melhor opção quando acostumado a ter amor, a ser cercado por pessoas reais, quando se tem uma família, quando se tem um lar onde pode encontrar conforto, amor e nem se importar com luxo. É sempre melhor um abraço de verdade, um sorriso real do que muitas propostas e promessas.
Seguindo até onde der, até quando suportar, mudar, crescer, perceber o quão enorme pode ser, ver que pode mudar o seu futuro, pois apenas você o escreve. Tu eis resposável pelas suas escolhas, apenas tu, somente tu, vivendo no mundo em que muitos mudaram mas a sua parte é você quem faz.
Se nada der certo na escolha em que fez, não se desespere, não se precipite e apenas lembre: " O bom filho a casa torna".

Luz dos olhos


Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Dia pra esses olhos sem te ver
É como o chão do mar
Liga o rádio a pilha à tv
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora

Os meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus no olhos vidros pra poder
Melhor te enxergar
Luz nos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A tua boca em minha
Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória

E eu te chamo
Eu te peço vem
Diga que você me quer
Porque eu te quero também

Faço as pazes lembrando
Passo as tardes tentando
Te telefonar

Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro Fusca lá fora

E eu vou guiando
Eu te espero vem
Siga aonde vão meus pés
Porque eu te sigo também

Eu te amo
Eu te peço vem
Diga que você me quer
Porque eu te
Quero também


Composição de Nando Reis, muito bem interpretada por Cássia Eller.
Me deu vontade de postar alguma música que a Cássia cantava e nada melhor que essa música pra descrever certos pensamentos que venho tendo.

sábado, 12 de junho de 2010

Sem dia para amar


Eis o dia em que o luxo se volta ao comércio, os amores se fingem intensos, as pessoas esquecem os problemas e tudo não passa de mera ilusão. Engraçado como uma data pode dizer tanto a alguns e levar a loucura tantos outros.
Sempre existe a pergunta: "O que vai me dar de presente?". Não já basta o amor verdadeiro? O que importa é o quanto eu vou gastar com você e não o quanto eu posso te fazer feliz?
Que eu me lembre todo dia é dia de dizer eu te amo, é dia de mostrar o que sente, né dia de dar presente. Não devemos nos deixar levar pela grande indústria capitalista que lhe diz o que deve fazer, comprar ou quando gastar.
Devemos sentir, sorrir, ser o que somos e no final sermos mais felizes e completos.
Um parabéns ao verdadeiros amantes que não se importam com data e são tão intenso e reais.
Este verso singular que venho aqui escrever pode parecer hipócrita, mas a verdade é que o amor vai além de um presente.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Prosa ou prece


Caminho jogando palavras ao vento, um peso nos passos expressando o que penso e tento e invento, um tanto mede um pouco que vem após o nada, silêncio abstrato, promessas não paga. Vasto odor que vem da ignorancia, apagam os passos daquela criança, que vive no campo, na favela ou na grande metrópole, que está na clareira exposto a morte.
Em terra firme hei de gritar, a certeza que tenho é de nunca parar, não há motivo pra me fazer desistir, é tão fascinante como cheguei aqui. Pondo a prova as contantes certezas, maquinando ideias, fazendo a cabeça. Apagando tudo que de mal eu vi, abrindo o peito pra pode eximir, extinguir essa dor que não leva adiante, nem mesmo as promessas em alto falante.
Sou que mostro e não o que quer, me importa o que acho de ti e não o contrário, assim como a faca, a flor e o orvalho. madrugada me engole engolfando o veneno, me passa um filme do que tem aqui dentro. Tentando escrever o que me deixa mais forte, aceitar os humanos assim como a sorte, azar de quem perde o que veio jogar, tristeza fluente no admirar.
Se o que falei não te faz sentido, não leia, não ouça não importa o que digo. Se assim o fizer me fará feliz, não escrevo pra que vejam e sim porque eu quis. Não quis lhe mostrar se escrevo bem, só estar de bem comigo para sempre, amém.

domingo, 6 de junho de 2010

O depois pro antes.


Por que no inverno faz frio, mas em salvador não?
Por que talvez tenha sido uma parte extremamente restrita
Ou por que não tiveram outra opção
Opção de ser ou existir
Eximindo toda culpa no frio que não tem aqui.
Porem Nessa cidade tem um lado oposto
De dia Faz muito calor, de noite só ameniza poucos graus pra nosso desgosto

Planando sobre pólos eu tento observar
Tanta coisa que acontece sobre a terra o ar e o mar
Tanta paisagem que passa transparente aos olhares de quem vê
Com o ódio e o horror que despejaram nesse lindo ser
Obsoleto o garoto que um dia quis crescer
Perdendo alguns pedaços de si
Olhares repentinos tudo muda na TV

Pra onde iremos?
Já que o mundo só parece ir ao fim.
Pra onde iremos?
Talvez essa história não termine aqui.


Singelo poema criado com Jadsa Castro pelo msn.
É sempre bom escrever com ela, não importa o tempo ou a distância.