segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Dolentina


Hoje o sol brilha menos, as cores já não são tão atraentes assim e eu permaneço aqui sem muitas palavras para descrever o que realmente estou tentando. Vinte e um de Fevereiro, noventa e nove anos e cinco meses exatamente e aqui estou com apenas metade ( e talvez a pior metade) da minha alma; a forte, serena e tão cheia de história e bondade se foi, não do meu coração ou da mente, mas sim para um outro plano onde em paz ela pode repousar.
Nunca esquecerei seus chamados, seus abraços, carinhos e a certeza do que é amar; sei que sempre vai estar comigo meu anjo, minha alma gêmea, minha vó...
Nem um livro descreve o quanto lhe sou grato, o quanto sempre te admirei e fiz questão de dizer ao mundo o seu valor.
Tenho certeza que o que sou hoje é graças a ti, graças a mulher mais forte do universo, a pessoa mais admirável da galáxia, a melhor, simplesmente a melhor.
Sei que nenhuma das minhas meras e humildes palavras vão descrever tudo, sei que por mais que eu escreva ainda será muito pouco perto da sua importância e admito que perdi a melhor parte de mim.
Vó eu te amo e graças aos Deuses pude te dizer isso muitas vezes e ouvir da sua boca. Nunca vou esquecer o dia em que saiu do seu sofazinho mesmo com as dores nas pernas e certa dificuldade para caminhar, foi até meu quarto só pra me dar um abraço e dizer que me ama.
Prometo que ainda escreverei muita coisa falando de ti, pois nesse momento ainda não estou tão bem para escrever.
E de hoje em diante eu tenho a certeza de que lá dos céus sempre me guardará meu anjo.

21 de Setembro de 1911 à 21 de Fevereiro de 2011.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Diário do marinheiro prestes a se aposentar...


Ainda sigo sem meu farol, talvez por não ter um porto ou por não saber pra onde navegar meu barco, talvez por querer liberdade e sair por ai sem saber onde chegar. Ciar nunca foi meu destino, mas as vezes acontece até mesmo com quem apenas olha pro norte, acontece com os mais corajosos e fortes capitães a bordo.
Os mares são revoltos, trazem perigos, trazem tempestades e problemas, mas o que faço quanto a isso?
- Marinheiro, terra a vista!
Nunca pense que prosseguir é o certo, se existem risco, aguarde num lugar calmo pra depois lançar-se com mais força ao grande oceano, pois Poseidon pode não ter pena alguma do seu humilde barco. As águas sempre vão mostrar o seu poder pra quem duvidar de tal, mas sempre ajudará aqueles que são gratos a suas bençãos.
- O vento é terral, temos de aproveitar pra descansar nesta ilha e quem sabe surfar...
Pois é, mesmo em meio de brigas, confusões e tantas outras coisas do tipo, ainda existe tempo pra diversão, tempo para os amigos e porque não tempo para arranjar mais tempo.
Desde os tempos que não mais vi uma luz a me guiar, passei a ser levado pelas águas, meu barco sempre acabou chegando a algum porto e acredito que logo ele descansará em paz em apenas um, pois a vida de aventuras marinhas cansa, desgasta e nos faz perceber que ter um porto seguro com um farol pra iluminar a alma é bem melhor que seguir viagem sozinho.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A cada tchau


O tanto que aprendi foi imensurável, foram trocas de ensinamentos e momentos que de certa forma não serão apagados, esquecidos; foi algo incrívelmente real, incomum, mas como já disseram tudo tem um final. Não aqueles finais felizes de filme, pois esses são os "fins do fim", mas um final de um ciclo, de uma fase, de algo que existiu.
Momentos tântricos, brigas estranhas, afastamentos sem motivos e tantas outras coisas sem porque. Alegrias que são levadas como boa bagagem, tristezas lembradas para não serem repetidas e a cada "tchau" a distância aumenta entre duas pessoas. Tardes sem fim com amigos pulando e a visão do mar, noites que não existiram, o dia em que a chuva caia...
Tanta "coisa" se passou e agora fica pra trás, se esvai aos poucos, se transformam em imagens preto e brancas de algo que um dia foi multicor. A desistência e a falta de forças pra prosseguir o fez... Nunca foi bem o que esperei, mas tudo bem, eu já não tinha mais forças pra tentar também; nunca fomos fortes o bastante pra ter chegado a esse fim...
São tantas linhas sem sentido algum, mas que talvez em algum ponto chegue a ser um final.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Aspirina

Faça-me o favor de ir se fuder, você sabe, eu nem preciso dizer...
Acho que talvez nem exista um porque.
Mas é fato, ser coerente não vai te ajudar desta vez!

E eu sei, pra você puxar o gatilho não é esforço nenhum, mesmo assim. Irei dar minha cara a tapa sem refresco nenhum, desta vez

Ser coerente não vai resolver. Me dar esmola não vai te salvar. Puxar o gatilho não vai te ajudar a se sentir melhor desta vez.

- Noção de nada

Uma frase pra depois

A cada "tchau" a distância aumenta entre duas pessoas.

Sem ter você

Alegria é olhar pro teu sorriso
E ter você sempre ao meu lado
Alegria é estar junto a você
E poder ser seu namorado, o seu namorado


Meu amor
não se vá
eu sofro tanto sem ter você
Eu sofro tanto sem ter você

Alegria é olhar pra sua boca
E poder ver sua pele macia
Alegria é poder olhar seus olhos
E dizer que será sempre minha, será sempre minha

Meu amor
não se vá
eu sofro tanto sem ter você
Eu sofro tanto sem ter você

Sem ter você
Sem ter você
Eu sofro tanto sem o seu amor


- Los Hermanos

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Diário de um palhaço de coração aberto.


Sempre andei entre extremos, não por gostar, não por achar que é o melhor ou por simples luxuosismo ou o que quer que seja, mas sempre andei assim, pois posso me sentir vivo, posso sentir cada momento, cada palavra, cada gesto. É engraçado ouvir isso de alguém que você olha agora caído ao chão? É engraçado ver o quão borrada está a minha maquiagem e perceber que o meu circo não teve futuro?
Se toca que não estou no chão por ser um derrotado, estou apenas dando valor ao que me traz vida, contemplando a "Mãe Terra", daqui ela me protege dos raios agressivos do grande Sol, mas ainda assim deixa que a sua suavidade me toque, me faz sentir pulsar teu coração e colher dos seus bons frutos que me traz a certeza de ser apenas uma semente do que num futuro nem tão distante serei.
A cada dia que passa os exemplares trilhos do ciclo vital se bifurcam mais e mais, mas ainda assim a cada escolha que faço chego a mais bifurcações que me levam a ser quem sou; um admirador sagaz das belas proezas naturais, das dádivas que chegam de tudo o que é mais belo no horizonte natural e vai até onde minha retina consegue alcançar.
As rotinas, assim como os records, foram feitos para serem quebrados por pessoas de coragem, garra e bom senso... Então desse momento em diante verá que nunca tive um dia igual ao outro, pois a cada entrada no picadeiro o publico é diferente.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sonho exato? pt.2


Uma engloba todas e a outra ausência de infinitas
Proporção infindável de sei lá o quê que nunca vi
Cenas montadas sobre o meu dia a dia
Pontos de luzes disformes que transformam um sonho real
Rascunhos de letras e poemas que nada me dizem
Ricos ou pobres, cristão mercenário
Com a graça divina será entoado
Solas dos pés já andam muito desgastadas
A borracha deleta e não sobra mais nada


Pequeno texto feito por Alisson Ramos e Jadsa Castro.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sonho exato?


Sono nostálgico de apenas um mês
Hoje estranho antigamente normal
Boutiques e asilos “é” tudo igual
Num quadro o retrato de tudo que fez

Doze hidrográficas bicolor
De seis amantes uma amada
Com as outras seis conversa fiada
Mas todas as vinte e quatro um monte de cor

Incógnita raça de meros mortais
O xadrez se difere do listrado
Em linhas que nele foi traçado
E por classes tratadas como “tais”

De todos os seres com as mãos atadas
Senhores com barbas e crianças de fralda descrevem o cenário
De todos os cabelos, dentes e roupas trancados no armário
De todas as frases cem palavras e nem um pouco exatas
...- Eu acho.


Poema feito por Alisson Ramos e Jadsa Castro.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Iemanjá


Oh! Mãe d'água, ilumina os caminhos para caminhada que é viver, traz luz e esperança a humanidade, que nós humildes humanos sejamos abençoados com a sua graça e que vidas boas sejam poupadas, pois sempre são sentidas as ausências das mesmas.
Oh! Deusa dos mares, eis meus humildes votos de gratidão a felicitações pelo dia dois de fevereiro, mesmo que atrasado.
Peço a vós uma saúde de ferro a quem anda adoecido, esperança e fé, além do pensamento positivo aos que esperam pela melhora.
Desculpa não poder fazer uma prece maior ou mais bela, pois não ando tão de bem comigo mesmo e sei que as marés sabem os motivos, mas logo redobrarei as forças e sei que os bons ventos sopraram por estes lados.

Odoyá mãe d'água!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tal confronto


Passos firmes, infinita caminhada, rotas com muitos obstáculos que levam a um início ou mesmo ao fim, dores, cansaço e a estrada parece ainda mais longa, os amigos caem ao chão, pessoas queridas ficam no caminho, mas é preciso seguir, é necessário, só assim conseguirá sobreviver a tal troca de infindáveis golpes. Uma batalha cruel, uma crise existencial pode lhe carregar ao fim, mas ver o sol nascendo traz a certeza de que ainda está respirando e essa dádiva lhe faz sorrir.
Os acontecimentos chegam como aquela tempestade de verão, estranha, forte e que ninguém sabe de onde veio, mas logo tudo passa. Tá, nem tudo passa, as lembranças ficam, memórias e por quê não a saudade?
Rezo bastante para que os confrontos se encerrem, desejo que exista um entendimento e que tal guerra não mude teus destinos, pois ainda existe um plano de seguir de mãos dadas sem rumo. Talvez isso seja um final feliz, aposentar-se do campo de batalha para viver a vida próximo das pessoas que ama, dos entes que nunca quis perder e sorrir quando encontrar na rua aquele cara que foi seu irmão nos dias de guerra e que pensou que nunca mais iriam se encontrar para falar sobre como o mar está lindo e sobre como as crianças cresceram.
Num dia em que a lua brilhará no céu e iluminará as nossas viagens a lugares tão próximo a Zion para não existir o limite no sentimento que é amar.