sábado, 23 de junho de 2012
Gélido
No frio a sensação de vazio aguça
Do rio a corrente água a refletir tua imagem
Calma, a alma transpira a incerteza viva
Nas veias lentamente o sangue pulsa
Amarguras temporais mostra a sombra
Assombro que um dia foste a dor
A sede por sangue, o sangue rubro
Dormiste tal anjo furtacor
Das belezas que tendes neste mundo
A mizéria assola este lugar
Acordai deste sono tão profundo
E livrai toda vida do penar
Vagamente escuridão que vira azul
És o céu, a mata, o fogo e o ar
Tortas formas do monstro moribundo
Vento frio que retorna para o sul
Segue ao norte sem fronteiras
Pois da morte escapou algumas vezes
Ora forte para mais um dia por vir
Agradece o passado sem besteira...
E que assim seja (ou não).
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