quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Álamo




Sobre o grande amor que eu perdi
Sobre o abismo em que me atirei
Meus olhos vagam sem te encontrar
Nada parece real sem você
O último toque ainda dura em mim
Na fotografia a vida que perdi
Lembrança insiste em me acompanhar
Em velhos papéis cartas que me mandou
Na mesa sempre fica vago um lugar
A chaga não cicatrizou
Meus olhos vagam sem te encontrar
Mais um dia passa e me forço a respirar
Preso a minha mente imagens e voz
Desde que se foi não encontro a paz
Eu saio de casa pra tentar esquecer
Naquela poltrona você costumava ficar lendo o seu jornal,
fazendo as contas do mês
Me contava sobre o dia e se orgulhava pelos três
As noites mais frias
Sua falta tingiu de cinza o meu coração
Sobre o grande amor que eu perdi
Sobre o abismo em que me atirei, me atirei
Sobre o grande amor que eu perdi
Sobre a marca que ficou em mim
Tive que me erguer, doei as roupas e reformei o lar, me adaptei.
O meu chão sumiu, reconstruí, pois sou mais forte.
Muitas lágrimas (aqui), mas amor em dobro.

- Rancore

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