sábado, 5 de julho de 2014

O canto da sereia



Por mais uma vez seus olhos meus, olhar que não disfarça, que fixa no que deseja e mostra a alma... Um olhar de ciume com mordida no canto do lábio pra travar o riso de nervoso, um nervoso contido que finda o momento ruim, que escancara a quem te ler os seus maiores medos vindo a tona.
Noites estranhas em que mata o desejo com outros corpos, em outros copos e deixa a fumaça aliviar a culpa das noites mal dormidas e das lágrimas derramadas... e por que não falar dos segundos antes de dormir?
Seus olhos ainda não mentem, ao ouvir um nome, ao ler... Ao perceber a presença e sentir-se evitada, mais uma vez a sobrancelha levantou.
Menina, apenas isso, não mais que isso és, tais noites de sexo valem olhares sinceros de amor?
Use da razão enquanto ela fala, apenas isso lhe salva do canto da sereia, nenhuma outra arma lhe trará de volta, mas algumas partes de mim sempre estarão impregnadas no seu ser, no seu dia, no seu pensar, existir, sonhar e amar.
Seria eu o seu melhor ainda?

Nenhum comentário:

Postar um comentário