sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Suor



De todas as cores que a vida me deu
O cinza frio em peito finca
Estaca de aço, afiada e fria
Temor na pele, a sensação morreu
Do amor, as dores
As marcas de guerra
Clamor e chagas
Afaga a face mãos castas
Seca as lágrimas de cego olhar
Do ser pensante ao impensável conforto de ser
Do existir em si que teme o terror do fim
De tudo o que vive, és vida assim?
Talvez seja a lama que aterrou o céu
Talvez as águas que batem com força nas pedras
Ou mesmo anjos e demônios estejam em guerra
Pois no fim do dia a alegria se esvai
Mas no fim da noite em sol virá, a luz
Seja o calor que o peito aquece elevando a alma
Seja o suor que desce em árduo trabalho, a calma.

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