segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Sobre o caos que me tornei


Avante! Ouvi gritar em meio a escuridão que assolava a terra, em todo o céu ecoava um brado forte de coragem para que acredite em si pra construir o tão sonhado futuro, pois ainda tinha as moletas que me apoiavam não só as pernas, mas fazia da alma grande, forte e cheia de esperanças. Mas como nada nunca é fácil uma delas se foi ( na verdade em pouco tempo as duas se foram), mas ali ainda estava o ser agora vazio de tudo o que acreditava, mas seguindo pra iludir a vida, afogado em trabalho (pouco reconhecido em seu forte), insone de estudos ( menos reconhecido ainda) e fingindo respirar fundo pra dar mais um passo.
Então em qual curva a razão se foi?
Quantas quedas ainda suportará para reerguer, mesmo sem armaduras?
De que valem as boas palavras?
Terra firme não garante a corrida para um bom voo em terra de cegos tomados pela insanidade de ter muito mais que existir, seria eu fiel a loucura de ser em meio a esse montante de loucura e insensatez que a vida faz em toda caminhada com pedras no caminho? Porque ter asas já não é o bastante em meio aos gigantes que nos roubam o ar quando o verde some sem ao menos queimar.
Não só as rejeições me fizeram caos, mas muitos dos "sim" ou até mesmo o não falar porra nenhuma tenham me feito chegar ao ponto em que partir nada mais é que ruir aos poucos cada fronte de uma fortaleza a qual nunca existiu além dos sonhos. Por Peter, sim, o Pan, aquele que não queria ser adulto... As dores de uma vida até o momento da última linha escrita, seja o caos do que é crescer em mente pra perceber que existir não cabe a um senso comum.

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