sábado, 19 de novembro de 2011

E agora, cadê meu chão?




Eu quero parar de chorar, mas parece que sou feito apenas de lágrimas, soluços, solidão e pensamentos ruins. Em dia nenhum da minha existência eu deixei de acreditar que poderia ser, mas e agora? Como será agora? Meu peito simplesmente dói, as palavras me fogem, eu não sei explicar... Parece que me arrancaram o coração sem me pedir permissão, tiraram parte de mim, talvez até a melhor parte de mim.
Eu que sempre celebrei a vida me vejo derrotado por uma vida que vem sendo gerada, o destino e suas peças... E agora que até um “oi” será diferente? Como posso seguir se desisti de tudo pra te ter comigo? Se desisti de mim por acreditar em nós, o que me resta agora que os seus sorrisos nunca mais serão pra mim? O que fazer já que esses olhos cor de mar não brilharão mais a me ver? Quem sou eu nesse momento? Me diz, quem sou eu?
Sempre me achei tão forte, tão certo das coisas e apenas algumas frases suas me fizeram cair em prantos, me fizeram chegar onde nunca imaginei... Eu imaginava um mundo onde coloriríamos cada dia de uma cor, mas apenas aquelas últimas palavras transformaram meus desenhos em cinza, tornaram a minha vida só minha e o que sinto... De que valeu todo o sentimento?
Diziam-me que o fim do fim era bonito e eu acreditei que mesmo não sendo um conto de fadas teria um “felizes para sempre”, mas e agora? Eu me vejo só, não me vejo feliz e apenas com a certeza de que chegamos ao fim por suas palavras.
Eu que por toda a semana acreditei que viriam dias com o meu sol, numa bela sexta-feira fui baleado com uma tempestade cheia de raios, tormentas e tristezas que não cessarão por não sei quanto tempo... No fim das contas todas as vezes que eu disse que te amo ficarão no passado e apenas me restará te ver feliz por ai e (eu) triste sorrir e fingir que está tudo bem. Mas não, não está tudo bem, não sei também se ficará, não sei mesmo, mas de que adianta eu continuar aqui me lamentando, minha vida parou naquele instante e pouco importa o que me aconteça...
Talvez esse seja o momento em que eu vou embora por não ter mais o que sempre me fez ficar.

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