Algo permanece a ofuscar a minha visão, palavras me fogem no momento em que preciso explicar algo, me some a razão, falta concordância, muda todo o contexto com os seguidos esquecimentos e formatações de frases circunstanciais. Ao abrir os olhos e ver apenas uma névoa branca que envolve a cidade, toma conta de todos os seres, não os deixa pensar, não permite reação, apenas podendo sentir o cheiro podre deixado por esse rastro branco que talvez parecesse paz pela cor e assim nos fazendo lembrar que nem tudo é aparência.
As formas passam a se desenvolver, tudo passa a ficar mais claro a partir do momento que enxergamos com a alma, quando percebemos que a visão da capa é falha e que o conteúdo não pode ser tocado, mas apenas sentido. E qual o sentido em não sentir, em não viver, em não se permitir?
Ludibriar a própria vontade para se dizer forte nunca será o melhor caminho, pois sempre será mais valido ser um fraco satisfeito do que um forte arrependido.
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