Logo surge o grande efeito de algo que não sei o que vem a ser, estranho mas vejo o mundo de forma engraçada, as luzes piscando, pessoas andando em slow mode, patos correndo na minha frente e eu só tenho vontade de rir, tudo me faz rir, o riso me faz rir e enfim...
Fumaça gira formando imagens de não sei o que mas me lembra algo que já vi não sei onde, é engraçado, acho triste o sorriso do palhaço, mas me engrandeço com a palhaçada de um ser de cara pintada que no momento está tão distorcido e tez pálido, me falta o ar assim como lhe falta cor num fulgor do algoz que mata por servidão.
Pobre animal amigo caído ao chão, não me causa pena mas alegria em poder lhe ajudar, me faz feliz brincar contigo e por um simples minuto te alimentar, mesmo sabendo que assim que eu sair de volta ao chão retornará em sua posição inicial, porém fui feliz e te fiz feliz, mesmo que por meros momentos que outro ser não deu valor, ignorou e nem mesmo um dia pensou o quão isso foi importante para ambas as partes.
Do asfalto ao morro eu passo em passos largos, observo, analiso e paro, reparo e passo... A vida segue numa bela paisagem que mais me parece uma grande miragem, a fonte de água no deserto, o rio que se encontra com o mar aberto e em meu peito as ondas quebrando eu carrego...
Amigos, saudade, aqui espero, pois não sou um poeta e assim entrego, o que na verdade eu sinto e eu quero um novo planeta onde as luzes que vejo não são pregos.
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