quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fugiremos?



E eu que só queria paz, não, não queria calmaria, pois muita calmaria é sinal de longa tempestade, mas sim, eu queria paz, a paz de espírito, um conforto pra alma, um cantinho do meu ser que seja apenas meu. Sabe, isso de se importar demais, absorver demais, pensar demasiadamente de forma excessiva, isso realmente não tem feito bem; é o momento de dissolver certas coisas, mandar embora, jogar fora, rasgar velhas cartas e reconstruir, não nada de "re", melhor que seja algo novo, algo plantado para que cresca belo e infinito como um jardim.
Vejo as estações valsando a cada mês que se passa, a cada folha que cai e a cada dia que nasce, vejo crianças brincando, a chuva caindo e ultimamente ouço o som das cigarras no fim da tarde... Soa tão doce quando se une ao sol encontrando o mar lá na linha do horizonte, é realmente belo. Sim, isso lava a alma, mas ainda não é o bastante para melhorar, é apenas o necessário para saber que ainda existem coisas boas para fazer o tempo passar, mas o que falta são abraços, carinhos, afagos e até mesmo pouca luz, pouco espaço, pouca roupa, outro corpo...
Toques suaves são bons de sentir, mas tem certos arranhões que são muito bem vindos, arrepiam, falta o ar, embriaga o ser e faz bem, muito bem... É uma bela dança, é o encontro de almas, é a união de espíritos, são beijos, mordidas e carinhos... Calor.
Não adianta fingir que não, faz parte de cada ser, todo mundo nasce com seus desejos, vontades e prazeres... E se o meu desejo for parecido com o seu... Fugiremos ou deixaremos passar?

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