domingo, 2 de outubro de 2011

Será que é pra você?


Te ver ali tão perto, sorrindo com os cabelos ao vento e tantos outros seres que perdiam a significância perto da sua presença foi algo bom, mas me doeu saber que mesmo tão perto me parecia inalcançável, inabalável e nada o que o meu ser fizesse traria a sua atenção por meros segundos para a minha existência... Talvez um dia seja diferente, é o que prefiro acreditar, mesmo sabendo o quão improvável isso possa parecer, o quão ilusório isso pode ser.
Fim de tarde com pôr do sol lava a alma, uma bela lua crescente para completar é como uma dose de ópio, mas estar tão perto e ao mesmo tempo tão distante é como errar um caminho e acreditar que vai chegar ao destino desejado; é faltar palavras quando o seu maior desejo é gritar, provar ao mundo (apenas uma pessoa) que você existe, que você quer lhe dar as mãos e descobrir um mundo novo onde as dores passadas são meros monstros que ficaram pra trás e não nos assusta embaixo do cobertor.
A fumaça tomava conta, as pessoas falavam em outras línguas (ou minha atenção era em outro mundo, o seu mundo) e eu apenas com o pensamento distante, com palavras guardadas, com gestos mínimos... O que está acontecendo comigo?
Um abraço ao fim do dia (com certo cheiro da fumaça que não me agrada) foi uma das melhores coisas que me pôde acontecer, me fez desejar parar o tempo, querer que todo o dia se resumisse aquele momento... Ao momento em que um abraço apertado foi o máximo que alcançamos...

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