quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rotina


Sigo vagando pela angustiante claridade do meu quarto branco, atravesso a madrugada numa constante insônia que me maltrata e não me deixa repousar como qualquer ser normal; aproveito esse tempo para ler, pensar, refletir, lembrar e o que mai der para fazer com que as horas passem.
É engraçado perceber que algo tão rotineiro seja tão diferente a cada dia; a cada noite em claro sinto diferentes gostos, diversos prazeres, vastos pensamentos, mas por fim é tudo igual, um homem só e acordado no seu quarto branco enquanto os outros dormem. Deita, senta, levanta, anda... Segue a rotina do sem fim nos segundos que não viram minutos, mas em fim o primeiro raio de sol o faz apagar, dorme mesmo sabendo que em poucas horas estará de pé.
O dia segue, ele aprende coisas novas, conhece pessoas, conversa, anda, corre... Até que o sol começa a sumir atrás de belas serras, e mais uma vez é noite, o tormento de não dormir retornará, ele se pergunta quando isso terá fim, culpa o maldito hábito de estudo noturno e mais uma vez segue vagando pela angustiante claridade do quarto branco, atravessa a madrugada numa constante insônia...

Singular mostra do quão circular é a vida de uma pessoa.
Por fim sempre retornaremos ao ponto de início.

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