quinta-feira, 22 de abril de 2010

Transição


Fantásticas gotas de chuva caem do céu numa dança que se torna música ao bater no vidro da janela. Dizem que banho de chuva lava a alma, não sei se é verdade, mas me lembra infância, os tempos que até quando um ônibus passava numa poça e molhava todo o ser e você sorria com isso (hoje se isso acontece você xinga horrores).
Dias cinzentos são estranhos, bate uma onda de solidão, uma vontade de sumir que se junta ao estimulo a não fazer nada, traz lembranças de anos que não voltam, até o momento em que o dia se abre em sol ou fecha-se em chuva.
Os dias parecem com pessoas, vivem em eterna transição, o que é bom para alguns não agrada aos outros, mas por fim tudo tem seus motivos. Nessa incansável e infinita dança das estações o que nos forma são as mudanças, as escolhas, a relatividade.
Entre as quatro estações, existe a fase transitória, entre as quatro estações existe a que você mais gosta, entre as quatro estações...
...Qual a sua frequência, qual a sua preferência, qual a sua escolha?
Utópica questão de frequências sem sinal para ser descoberta entre as transições do ser e existir.

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