quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dia sem fim.


E era um dia sem fim, onde tudo estava fora do lugar, onde não mais existia vida nas belas flores do meu jardim, o qual os pássaros não cantavam mais. Tudo estava tão estranho e os minutos de dor não passavam, eram angustiantes, severos e prolongados; a cada lágrima que escorria pela face uma nova emoção, um novo gosto amargo, tantos sentidos ruins que nem conseguiria descrever...
Tão mais tarde após o tempo passar o dia ainda não acabou, a escuridão permanece, o tempo escorrega pelas mãos e ainda não existe vida lá fora, não, não é lá fora, o vazio que existe é aqui, bem aqui no lado esquerdo do peito, falta batimentos acelerados, falta o sentimento do sangue fluindo, falta tudo, pois simplesmente falta você...
E ainda permaneço num dia sem fim, onde eu fico no mesmo lugar, onde vivo esperando, vivendo, respirando, sentindo e ainda assim vazio. É engraçado que quando abro os olhos tudo parece igual, tudo tem o aspecto vivo, mas quando abro a alma, realmente vejo que não há vida, não existe cantos, flores ou jardins, permanece apenas o vazio, a falta de ar e a angustia da espera.
Os dias se repetem e por isso permaneço no dia sem fim.

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