domingo, 6 de março de 2011

Entre castelos e os dias atuais


Atrás de belos montes e altas colinas existe um ser de grande coração, talvez o tal órgão "pulsante" esteja congelado e escondido em alguma caverna entre as montanhas para que não mais seja ferido, talvez a espera da bela princesa que o fará arder em chamas novamente e mais uma vez. Talvez algumas doses homeopáticas de passado o fizessem bem, mas no presente o passado ainda machuca e não traz um gosto tão doce como já foi algum dia, hoje o sabor é amargo, intragável, impuro... Triste sabor de afastamento.
Planos e promessas vagas ao gigante, falha dos Deuses que interferiram o seu destino, desistência da frágil menina que se achava bastante forte, mas nunca soube bem o sentido em permanecer e seguir. O ser enorme em tamanho, mas sempre bobo e atrapalhado se encantou, sorriu e até viveu, mas não lhe era o bastante, nunca foi o bastante...
Nos dias de hoje ele se esconde no cume dos mais altos montes e a bela menina não se tem muita informação dela, pois existiu um "adeus", porém nunca se soube ao certo se era um fim.
Talvez tal gigante fosse um mero cavaleiro errante que sempre avançou tendo o coração em chamas, talvez a bela menina não fosse de fato a sua Dulcinéia, ou mesmo seu fiel escudeiro o Sancho; mas ainda assim ele segue, mesmo só, cansado e escondendo seu bem mais valioso em algum canto obscuro do universo. Sonha um dia achar quem lhe faça ter brilho nos olhos e de fato tem encontrado, de fato tem se sentido bem, pois sempre soube que podia andar com as próprias pernas para trazer ou distanciar-se dos seus sonhos e hoje de peito aberto pode se ver um espaço aberto que aos montes vem sendo preenchido de cores, vida e calor...

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